19 de jan. de 2012

Alvíçaras! Posso ser um porre!

Porra, eu até já fui um bêbado! Abstêmio, jamais. Não tem sido raro que, pelos tropeções dessa vida, eu seja um porre.

Até quando desmancho castelos de areia; até quando piso na bola; até quando sempre sou um garanhão que não tem quando, nem pra quê, nem por quê, ainda que absolutamente limpo de pruridos morais e eventuais.

Saí de um affair - alvíçaras! alvíçaras! Affair é demais! - sem quê, nem pra quê, nem por quê... Saí, porra! E dei com os burros n'água. Dei, mas não confesso. Nem a pau. Porra, nem de porre!

Tanto é que, outro dia, mandei a bondade e a humildade que habitam meu coração à planfa que lamblanfa e postei um recado definitivo à breve amada que não consigo incorporar a minha alma inquieta.

Fui duro e definitivo. Mostrei àquela que me encanta, mas a quem não me rendo nem que me entregue a um demorado e doloroso auto-flagelo com um rebenque nas minhas costas prostradas num pelego que sou cativo de sua doce e instigante figura. Mandei-lhe um recado com todas as letras que cabem no meu empedernido coração:

- Eu te esqueço todos os dias!

MORAL DA HISTÓRIA - Todo mundo, até o Garanhão de Pelotas pode ser mau que nem um pica-pau. Ou endurecer-se, sin perder la ternura. E mais até: pra mim Platão é que sabia amar.